27 de nov. de 2010

Brigas - Simone e Julio Iglesias




Encontrei este vídeo e quero partilhá-lo com vocês, meus queridos e minhas queridas.
Ao ouví-lo penso o quanto nessa vida somos mesquinhos, egoístas e pegajozos com aqueles que nos amam e partilham da vida ao nosso lado.
Brigas fúteis que por vezes abafam sentimento tão forte e puro.
É o ''velho exemplo'': faça um milhão de coisas boas, mas faça uma ruim, a última prevalecerá.
Quantas vezes você brigou com a pessoa que ama por pura mesquinharia?
Deixou de lado todos os valores dele ou dela por um momento de imaturidade sua.
E fico aqui,pensando como mesquinharias podem matar o Amor? Justo o sentimento mais sólido, lindo e pleno?
''Sem amor, estamos sós, morremos nós''.
Quantas músicas falam sobre o amor esquecido, amor perdido, estou casando com outro mas é você quem eu amo, e etc...
Está bem, tudo dito ''assim'' soa cafona, coisas que se dizem nos bares da vida regado à cachaça e aperitivos.
Errado, o coração não faz distinção.
Todos estamos sujeitos a esculpir corações em árvores com as iniciais do outro.
Todos estamos sujeitos a derramar lágrimas por outrém...
Todos estamos sujeitos a pedir para a pessoa voltar.
E por mais que saibamos que o amor dignifica e melhor tudo a nossa volta, por vezes deixamos nosso ego mandar e ficamos cegos perante a tão forte sentimento.
Essa música diz exatamente o que fazemos: maltratamos o amor, deixamos nosso ouvidos ouvirem bobagens alheias, sem antes olhar nos olhos do Amor e ver o quão errado estamos.
É mais fácil fugirmos do que enfrentarmos.
Espero que esta música desperte em você extamente o que você está precisando entender. Desperte para o Amor, para os erros antigos e peça perdão, se caso for.
Não perca seu Amor por vícios obscuros que a sociedade faz questão de apontar por pura vaidade.
''Cuide bem do seu amor, seja quem for.''

Ensaio Sobre a Cegueira

''A obra Ensaio sobre a Cegueira é
uma crítica aos valores sociais.Mostra-nos o quanto são frágeis,pois se ninguém os vê,nada aparece.Tudo é atribuído ao homem.
A obra deixa visível a nós desde as aventuras sexuais,o pudor,que já não existe porque não é visto.Nem a imundície que se instala em toda s cidade é notada.Precisamos e devemos querer ver, enxergar realmente,pois há uma cegueira nacional,onde a sociedade é formada por teorias morais falidas.''


Publicado inicialmente em 1995, a obra mostra o caos que se chega quando um dos sentidos falta a uma grande parcela da população. Evidencia uma epidemia de cegueira que atinge toda a população.
Intitulada Ensaio, a obra de Saramago critica os valores sociais, mostrando-os frágeis, pois onde ninguém vê, teoricamente nada aparece, elucidando que os valores, sejam morais ou materiais, são atribuições que homem faz. Neste contexto, a obra mostra desde aventuras sexuais, o pudor, que já não existe porque não é visto, até à imundície que se instala por toda a cidade.
Resumo

O Ensaio sobre a cegueira  é uma crítica aos valores sociais, expondo o caos a que se chega quando a maioria da população cega. Revela traços da sociedade portuguesa contemporânea, vislumbrando a maneira como as pessoas vivem através de suas descrições das casas, dos utensílios, das roupas. As personagens não têm nomes, sendo descritas por características próprias – o primeiro cego, o médico, a mulher do primeiro cego, a rapariga de óculos, entre tantos outros que aparecem no desenrolar da narrativa, onde uma epidemia se alastra a partir de um homem que cega esperando o semáforo abrir.
Inexplicável é a imunidade da mulher do médico, parecendo que sua bondade, sua preocupação com o marido, mesmo convivendo entre os cegos sem medo de cegar, a impede de contrair a moléstia. Mas a solidariedade da mulher do médico estende-se, ainda, àqueles de convívio mais estrito, sendo verdadeiro anjo de guarda dos que dividem com ela a enfermaria do hospício abandonado em que são confinados os primeiros a contrair o mal.
De característica onisciente, a narrativa leva-nos a refletir sobre a moral, os costumes, a ética e o preconceito, pois faz com que a mulher do médico se depare com situações inadmissíveis às pessoas em condições normais. Exposta à sujeira, a uma existência miserável em todos os sentidos, ela mata para preservar a si e aos demais, e se depara com a morte de maneira bizarra após a saída do hospício: os cadáveres se espalham pelas ruas, o fogo fátuo aparece debaixo das portas do armazém onde, dias antes, ela buscou víveres.
A igreja com os santos de olhos vendados pode ser caracterizada como um dos momentos poéticos da obra: se os céus não vêem, que ninguém veja, numa alusão velada às idéias do filósofo Friderich Nietzshe, "Deus está morto, então tudo posso".
Saramago ainda brinca com a imaginação do leitor nas últimas linhas, deixando implícita a cegueira daquela que foi a única que viu em meio à treva branca, justamente no momento em que todos recuperam, aos poucos, a visão.
Estilo
 Pode-se afirmar que a obra é difícil de ser lida não apenas pelo seu contexto filosófico, mas pelo estilo de José Saramago: as falas entre vírgulas forçam o leitor a um verdadeiro mergulho em suas idéias, pois é impossível parar em meio às idéias do autor. A desconstrução do tempo linear em suas idas e vindas nas memórias das personagens, as características únicas, a mesquinhez presente evocam a reflexão sobre os valores que cada um de nós tem da vida, da moral, dos costumes e até mesmo do que nos é caro: onde está a mãe do menino estrábico? Cegou, morreu? A rapariga de óculos que, em princípio, parece não ter valores, mostra-se filha amorosa, amiga e uma mulher capaz de amar, não pela beleza física, mas pela ternura que as situações a levam.
Personagens
 Como exposto anteriormente, as personagens não caracterizadas por seus nomes, mas por particularidades. Podemos destacar como personagens principais os ocupantes da camarata onde estavam o médico, o primeiro cego, a mulher do primeiro cego, a rapariga de óculos e o velho com a venda num dos olhos.
 Como personagens secundários ou coadjuvantes, os cegos que promovem o levante para a redistribuição da comida, aqueles que encontram-se na camarata do cego que tem uma arma, o cego que escreve em braile, a mulher que estava com o cego que tem a arma no momento em que este é assassinado pela mulher do médico, o ladrão, os soldados, entre tantos outros.









Análise Da Obra Ensaio Sobre A Cegueira, De José Saramago publicado 13/06/2008 por Elita de Medeiros em http://www.webartigos.com/

24 de nov. de 2010

Em algum lugar do passado



... quando a vida nos surpreende, quando os olhos queimam ao olhar os olhos de outrém, quando as pontas dos dedos ardem ao tocar a pele quente da pessoa amada...
Há muito o que se sentir quando assistimos a esse filme, há muito o que recordar quando assistimos a esse filme... não entrarei em detalhes como enquadramentos, luzes ou interpretações. Falarei aqui do amor que ultrapassou o impossível, que para ele é possível.
O amor é divino, é feito por Deus e para Deus tudo é possível.
Quantas pessoas não queríamos encontrar novamente e dar o último adeus, o último olhar, o último sorriso? Poder voltar o tempo e transportar a pessoa da foto para o nosso tempo presente, algo metafísico, algo inexplicável, algo que só nossa alma entende...
Quantas vezes deixamos para depois? E como dói querer voltar e dizer o que deixamos para depois...
Não há tempo ou barreiras para o amor...
Eu não posso voltar o meu relógio, mas posso lembrar das pessoas que deixei e que amei através dos meus pensamentos, das minhas fotografias, das minhas lágrimas que escorrem pela minha face que outrora fora acariciada por tais pessoas...
O amor é único, paciente e compensador.
Este filme explica o amor da forma mais linda e simples que há, o que estou tentando fazer desde o começo deste post.
Amem, Amem a seus filhos, seus pais, seus avós, seus tios, seus primos, seus sobrinhos, seus netos, seus homens, suas mulheres, seus amigos!
E quando preciso for, fechem os olhos e voltem exatamente ao lugar do passado que suas almas anseiam.

Vincent Van Gogh

Não preciso aqui escrever outra dentre tantas biografias já existentes sobre Vincent Van Gogh, apenas postarei algumas de suas obras.
Um dos maiores pintores do mundo, particularmente o melhor, sua arte impressionista adentra nossos olhos quebrando paradigmas e pré-conceitos.
Para alguns depressivo, para outros louco.
Chegou a cortar a orelha em um ato desesperado e mandou pelo correio em envelope lacrado à remetente certo.
Pincelou em várias telas sua ira, tristeza, amor, paixão e indiferença.
No fundo nunca foi entendido.
Já diziam: para apreciar uma arte, é preciso afastar-se dela.
Após um passo para trás, deleite-se com Vincent Van Gogh.
Que em vida, por indiferença ou ignorância, jamais foi elevado ao grande mestre impressionista que era.
Post mortem seus quadros chegam a valer milhões de dólares.
Mas o que fascina, é a história por detrás de cada tela.
Divido esse momento único com vocês, meus amigos.

21 de nov. de 2010

Balada para un Loco



Trata-se de um clássico do Tango Argentino, composto por Astor Piazzolla, interpretação de Amelita Balar.
Diretamente para a sua alma: vivam os loucos que inventaram o amor e que nossos corações sirvam como manicômios!

20 de nov. de 2010

Selo: Partidas e Chegadas: O que faz você feliz?




Este valioso presente recebi de uma grande pessoa, a Elenir, além de ser uma amiga especial, é minha prima irmã, como diziam antigamente rssssssss, mas é verdade, a Niza como a chamamos carinhosamente é uma pessoa que sempre me estendeu a mão, sempre ligadíssima às minhas necessidades da vida, é meu presente de Natal....
Ah! vocês precisam visitar o blog da Niza,ops! Elenir, pois está encantador http://www.viajenajanela.blogspot.com/


Nomearei alguns amigos para que também recebam o maravilhoso selo, seu blog ficará mais atraente, pois já o é, mas ficará melhor ainda:

Gosto muitíssimo de escrever, no entanto estou há alguns minutos sem saber o que registrar aqui. Gente! que difícil falar sobre mim e mais ainda...esta tal felicidade.
Mas vamos lá... Mãos à obra.
Na minha vida houve vários caminhos e muitas encruzilhadas, caminhos tortuosos e encruzilhadas difíceis de escolher, porque sempre tornaram-se obstáculos à minha chegada. No entanto, sempre cheguei por mais distante que fosse o trajeto, e o bom é que sempre ao chegar encontrei minha família, meus amigos, meu lar, minha felicidade.
Devemos saber que sempre há duas vias para o caminho, ser feliz ao partir na expectativa da chegada e ser feliz na chegada também com uma ótima perspectiva.
É importante conhecer os objetivos da chegada para poder um dia partir, e que esta partida seja plena em todos os sentidos.
Não basta apenas, chegar ou partir. Nesta lacuna entre chegadas e partidas, precisamos aprender a alçar vôo, também a pousar com tranquilidade para podermos usufruir da felicidade, que levamos conosco nesta incansável  jornada de partidas e chegadas.
No entanto, na hora da partida sempre levo a saudade dos momentos em que fui feliz.


"...pois só sente saudade, quem já foi feliz".


Sintam-se abraçados com carinho!



19 de nov. de 2010

NACO DE PROSA RECEBE PRÊMIO DARDOS


Prêmio Dardos
Recebi da amiga Elenir do Viaje na Janela  Aproveitem e bebam na fonte.
 Elenir, agradeço com todo carinho a indicação do Viaje na Janela.Fiquei surpresa com o recebimento deste maravilhoso prêmio,minha alma está exultante.

«O Prêmio Dardos é o reconhecimento dos ideais que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc... que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, e suas palavras.
“Esse selo foi criado com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar o carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web”.

Ao receber o prêmio o blog deve também indicar outros blogs.
Aos indicados, para que este incentivo não acabe, peço a vocês que sigam estas instruções:
1) Você deve exibir a imagem do selo em seu blog;
2) Você deve linkar o blog pelo qual você recebeu a indicação;
3) Escolher outros blogs a quem entregar o Prêmio Dardos;
4) Avisar os escolhidos, claro!”

Segue abaixo as páginas que indico para receberem este selo, pelo valor e beleza de seus trabalhos e,  principalmente por compartilharem seus universos emocionais e poéticos neste espaço virtual.
Quem já recebeu sinta-se duplamente homenageado.
Meu carinho a todos e mais uma vez obrigada, Elenir.




Espero que curtam este mimo!!!

17 de nov. de 2010

Preciso aprender a viver a vida....

VIVER A VIDA


A vida é muito preciosa, e precisamos aproveitá-la hoje, a cada momento. Porque depois pode ser tarde...


"Se eu pudesse novamente viver a vida...
Na próxima...trataria de cometer mais erros...
Não tentaria ser tão perfeito...
Relaxaria mais...
Teria menos pressa e menos medo.
Daria mais valor secundário às coisas secundárias.
Na verdade bem menos coisas levaria a sério.
Seria muito mais alegre do que fui.
Só na alegria existe vida.
Seria mais espontâneo...correria mais riscos, viajaria mais.
Contemplaria mais entardeceres...
Subiria mais montanhas...
Nadaria mais rios...
Seria mais ousado...pois a ousadia move o mundo.
Iria a mais lugares onde nunca fui.
Tomaria mais sorvete e menos sopa...
Teria menos problemas reais...e nenhum imaginário.
Eu fui dessas pessoas que vivem preocupadamente
Cada minuto de sua vida.
Claro que tive momentos de alegria...
Mas se eu pudesse voltar a viver, tentaria viver somente bons momentos.
Nunca perca o agora.
Mesmo porque nada nos garante que estaremos vivos amanhã de manhã.
Eu era destes que não ia a lugar algum sem um termômetro...
Uma bolsa de água quente, um guarda chuvas ou um paraquedas...
Se eu voltasse a viver...viajaria mais leve.
Não levaria comigo nada que fosse apenas um fardo.
Se eu voltasse a viver
Começaria a andar descalço no início da primavera e...
continuaria até o final do outono.
Jamais experimentaria os sentimentos de culpa ou de ódio.
Teria amado mais a liberdade e teria mais amores do que tive.
Viveria cada dia como se fosse um prêmio
E como se fosse o último.
Daria mais voltas em minha rua, contemplaria mais amanheceres e
Brincaria mais do que brinquei.
Teria descoberto mais cedo que só o prazer nos livra da loucura.
Tentaria uma coisa mais nova a cada dia.
Se tivesse outra vez a vida pela frente.
Mas como sabem...
Tenho 88 anos e sei que...estou morrendo."
Jorge Luiz Borges

Selo: Reconheço seu Talento


Este maravilhoso Selo recebi de uma pessoa que está sendo reveladora para mim,maravilhosa amiga, Mariane do "As cores que sou "http://tintadotinteiro.blogspot.com/ passem lá,é uma ótima oportunidade de renovar as ideias e refletir sobre nós.Mariane, fico-lhe muitíssimo grata por este presente valioso.
Fiquei vaidosa.
                                                                                                                               



     

PUDIM- sem medo de ser feliz-

Tenho, particularmente, muito apreço pelos textos de Marta Medeiros. Este,acabo de receber,e não tem como não dividir com vocês!!!Recebi de minha amiga Maria de Lourdes Carbone,que hoje,mora em Blumenau.
Quem sabe um dia eu consiga perder o juízo..não todo...só um pouquinho...devo lembrar que Jorge Luiz Borges também tem um texto belíssimo que fala sobre......"se pudesse voltar no tempo...tomaria banhos de chuva...andaria descalço...tomaria menos aspirina......"" e assim vai.
Beijos grannndesssss...








PUDIM


<><>
                                                Por Marta Medeiros


Não há nada que me deixe mais frustrada
do que pedir Pudim de sobremesa,
contar os minutos até ele chegar
e aí ver o garçom colocar na minha frente
um pedacinho minúscula do meu pudim preferido.
Uma só.

Quanto mais sofisticado o restaurante,
menor a porção da sobremesa.
Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência,
comprar um pudim bem cremoso
e saborear em casa com direito a repetir quantas
vezes a gente quiser,
sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.

O PUDIM é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.

A vida anda cheia de meias porções,
de prazeres meia-boca,
de aventuras pela metade.
A gente sai pra jantar, mas come pouco.

Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.

Conquista a chamada liberdade sexual,
mas tem que fingir que é difícil
(a imensa maioria das mulheres
continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').

Adora tomar um banho demorado,
mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.

Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo,
mas tem medo de fazer papel ridículo.

Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD,
esparramada no sofá,
mas se obriga a ir malhar.
E por aí vai.

Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar',
tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...

Aí a vida vai ficando sem tempero,
politicamente correta
e existencialmente sem-graça,
enquanto a gente vai ficando melancolicamente
sem tesão...

Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'.
Deixar de lado a régua,
o compasso,
a bússola,
a balança
e os 10 mandamentos.

Ser ridícula, inadequada, incoerente
e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.
Recusar prazeres incompletos e meias porções.

Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou
e disse uma frase mais ou menos assim:
'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...

Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem,
podemos (devemos?) desejar
vários pedaços de pudim,
bombons de muitos sabores,
vários beijos bem dados,
a água batendo sem pressa no corpo,
o coração saciado.

Um dia a gente cria juízo.
Um dia.
Não tem que ser agora.

Por isso, garçom, por favor, me traga:
um pudim inteiro
um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order',
uma caixa de trufas bem macias
e o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente.
OK?
Não necessariamente nessa ordem.
Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago . .

16 de nov. de 2010

O nosso querido Poetinha,como era chamado pelos amigos

i  

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...



15 de nov. de 2010

Augusto dos Anjos

Versos Íntimos

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

13 de nov. de 2010

Golpe no estômago...

Nesta semana fomos surpreendidos com a notícia da ''quebra'' do Banco Panamericano, o banco de Silvio Santos.
Entre uma notícia e outra publicada, deparo-me com absurdos de um povo pobre em conteúdo, que a primeira coisa a fazer é criticar, depois ler o que realmente está por trás dos fatos.
Pois bem, não sou fã da programação do SBT, na verdade, acompanhei algumas vezes pela minha filha e pelos meus pais.
Entre tantas asneiras que li e vi, estão a charge de Maisa como presidente do Banco, e um frustrado telespectador da Rede Globo acusando Silvio Santos de não saber lidar com talentos mirins, afirmando que o mesmo ''destruiu'' a ótima atriz que ela poderia ser.
Em um país onde dinheiro é escondido em cuecas, é lamentável que o próprio povo se una em palavras cuspidas de gargantas infladas,dizendo isso ou aquilo de um dos maiores empresários e empregadores desse País.
É repugnante você ouvir ladainhas em bares,e misturados a goles de pinga barata, a respeito de um dos homens que mais corretamente leva o exercício de cidadania adiante: pagando seus impostos e, assim como a Rede Globo, dando o espaço da sua TV por uma causa nobre a AACD.
O que o Silvio tem para ganhar com isso?
Cada segundo da TV hoje vale milhões e todos sabemos disso, a arrecadação desse ano com a AACD não chega perto do que ele deixou de lucrar pelos dois dias que ficou no ar.
Um homem com 81 anos, que fez o que fez, não merece ser tratado como um moleque por quem não chegaria nem perto do que ele construiu.
Desculpem meus amigos, o desabafo mas, ando cansada da hipocrisia alheia.
É cômodo atirar a primeira pedra, mas difícil é tirá-la do caminho para que o outro possa passar sem dificuldades.
Basta de reclamar, apontar o dedo, rir da desgraça alheia.
Basta de hipocrisia, basta de falsos idealistas e falsos civis.
Silvio Santos como tantos empresários está passando por dificuldades, como passou em outros tantos momentos. Causados por pessoas sem caráter, que hoje lhe apontam o dedo,porém sem lembrar que há três apontados contra si mesmos.
Que Deus os perdôe pelo egoísmo e ajude a salvar os milhões de empregos que estão em jogo.
Sem mais.

Mariane Boldori

10 de nov. de 2010

Um Lamento Triste...



Abri jornais, revistas, sintonizei o rádio, liguei a tevê.
Seja a mídia que for, estou assustada.
Por onde anda a compaixão, o amor, a fraternidade, a paz, o ser pai, o ser mãe e o ser filho em tempo integral?
Por onde anda Deus na vida das pessoas?
Crianças estupradas sexualmente e psicologicamente, mulheres espancadas, filhos planejam a morte dos pais, pais planejam a morte dos filhos.
Drogas, dinheiro, falta de fé, não tenho resposta.
Seria o fim do mundo, tão falado?
Não sei... sinto que vivo em um verdadeiro inferno, e a verdadeira vida, o ''paraíso'' virá depois de minha morte carnal, num lugar ‘’bonito e tranquilo’’, sem mortes a inocentes, sem bebês sendo estrangulados, ou crianças jogadas pela janela como sacos de lixos.
Animais sendo escalpelados pelo sadismo do homem.
Jovens bebem e queimam outros homens que dormem na rua.
E, tudo é falado tão normalmente que, se você observar bem, até um singelo sorriso observa-se no rosto do repórter, pois tudo está banalizado.
O que está ocorrendo com nossas mulheres, nossos homens, nossos filhos?
A mais perfeita criação de Deus está causando imperfeições.
A mais perfeita criação de Deus assassinou um dos seus Filhos a pedradas, chicotadas e lanças.
Histórias que deveriam ser apenas fictícias, naqueles filme de terror ‘B’ nos Estados Unidos, que passam naquelas salas só de madrugada.
Não preciso dar exemplos detalhados do que estamos vendo todos os dias no mundo, no Brasil.
Enquanto uns matam, outros lutam pela vida.
Enquanto uns odeiam, outros amam.
Enquanto uns esbanjam, outros sentam-se no chão, ao lado dos famintos e com eles divide biscoitos feitos com barro, único material utilizável.
Um mesmo mundo, o mesmo Criador, o mesmo princípio para a criatura, e somos todos tão diferentes quando se trata de paz.
Egos super inflados.
Egos que arrastarão nossas almas para lugares tenebrosos e infindos.
Sou do tempo em que se pedia bênção ao pai, acompanhava a mãe à venda, e ficava à janela esperando a noite chegar para ver a estrela no céu, e fazer um pedido.
Não tínhamos video games, ou computadores, ou cds, seja lá o que fosse, mas tínhamos amor, união, respeito, muito respeito.
Assim fui criada, assim criei meus filhos.
Ontem uma mulher foi esquartejada e seus pedaços jogados aos cachorros, mês passado foi a vez de uma criança jogada pela janela ainda com vida, no outro mês uma mala foi encontrada na rodoviária, dentro dela, uma menina estuprada, estrangulada, no outro mês uma mãe levou 5 tiros do ex marido, porque  foi cobrar dele uma responsabilidade que ele já deveria saber e assumir.
Quantas famílias ainda passarão por isso?
Será que isso terá fim, ou é apenas o começo?
Verei sorrisos sem medos, janelas sem grades, lágrimas sem choros?
Verei um abraço fraterno, um beijo na testa, dedos entrelaçados e cafunés nas praças?
Quero crianças sorrindo, pais e mães correndo com seus filhos, cachorros latindo atrás das bolas nos parques.
Mortes, sangue, inocentes, grades, vidas perdidas, drogas, assaltos, vidas bandidas.
Esse é o meu mundo, esse é o seu mundo, essa é a nossa realidade.

Mariane Boldori

8 de nov. de 2010

Ode ao burguês

 Crítica feita por um grande escritor do Modernismo à classe da burguesia.
Ode ao burguês é o nono poema e também, o mais famoso da obra Paulicéia Desvairada foi lido durante a Semana da Arte Moderna 1922.
Após sua leitura a platéia teve sobressaltos e espanto, com tanta evidência nos versos de Ode ao burguês, dirigidos obviamente a eles ( platéia ).
O poema caracteriza uma fase do Modernismo marcada pelo empenho na destruição de um passado literário, político e cultural.
É um texto revolucionário do Modernismo e, com o termo burguês designa-se geralmente o inimigo ou seja aquele que fica indiferente e permanece preso ao passado. Isola-se do mundo e fica escondido em sua redoma de vidro observando tudo ao seu redor, porém sem tocar ou modificar nada. Isto é, nada faz a não ser, cuidar de si mesmo. Mário de Andrade nos diz claramente com outras palavras Ode ao burguês ( Ódio ao burguês).
Desfrute...







Ode ao burguês


Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem-curva! o homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!
Eu insulto as aristocracias cautelosas!
Os barões lampiões! os condes Joões! os duques zurros!
que vivem dentro de muros sem pulos;
e gemem sangues de alguns mil-réis fracos
para dizerem que as filhas da senhora falam o francês
e tocam os "Printemps" com as unhas!
Eu insulto o burguês-funesto!
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!
Fora os que algarismam os amanhãs!
Olha a vida dos nossos setembros!
Fará Sol? Choverá? Arlequinal!
Mas à chuva dos rosais
o èxtase fará sempre Sol!
Morte à gordura!
Morte às adiposidades cerebrais!
Morte ao burguês-mensal!
ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi!
Padaria Suissa! Morte viva ao Adriano!
"–Ai, filha, que te darei pelos teus anos?
–Um colar... –Conto e quinhentos!!!
Mas nós morremos de fome!"
Come! Come-te a ti mesmo, oh gelatina pasma!
Oh! purée de batatas morais!
Oh! cabelos nas ventas! oh! carecas!
Ódio aos temperamentos regulares!
Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia!
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados!
Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,
sempiternamente as mesmices convencionais!
De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia!
Dois a dois! Primeira posição! Marcha!
Todos para a Central do meu rancor inebriante
Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Morte ao burguês de giolhos,
cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!
Fora! Fu! Fora o bom burgês!...

Mario de Andrade

5 de nov. de 2010

Um pouco sobre nós mesmos...

Na verdade eu já havia assistido ao filme O Amor é Cego centenas de vezes.
Mas ontem foi diferente, ontem eu assisti ao filme com os olhos que o diretor e o roteirista quiseram passar: o que vale mesmo é o que está dentro de cada um de nós.
Talvez alguns me achem hipócrita, afinal a beleza dita nossos passos nos dias de hoje, mas observem: a mulher ou o homem que está ao seu lado, ou namorado, namorada que suporta suas TPM’s, seus momentos de fraquezas, é esse ‘’padrão’’ de beleza ditado no mundo?
A vida deixa marcas, a maturidade faz questão de dizer que bateu à nossa porta. Rugas contam nossas histórias, e a coloração dos cabelos brincam com o vento que passa por eles.
Quem somos nós para descartarmos esse ou aquele pela sua estética, cor da pele, altura...
Quem somos nós para aceitarmos ou não ao próximo?
E é cada vez mais gritante a solidão do ser humano, que prefere fazer filas em salas de bate papos da internet, a ir bater um papo com o vizinho de apartamento, ou de casa ( que com certeza ele ainda não sabe o nome ).
Como disse o Caetano sabiamente em uma de suas canções: ‘’É que Narciso acha feio o que não é espelho’’, mas não falemos aqui apenas da beleza física, mas também daqueles que possuem algum tipo de deficiência ou dependência, que se encontram hoje nas ruas, becos, esgotos.
Você já olhou nos olhos de um homem sujo, maltrapilho, deitado na rua, sob um papelão?
Você já parou para ouvir o quão rica pode ser sua história de vida, e que ele só quer uma mão amiga?
Embaixo da sujeira acumulada das andanças pelas ruas, das roupas rasgadas, do chinelo havaina remendado com um prego, da meia furada, há um ser humano. Há um alguém, um ser vivo, como você, como eu.
E por muitas vezes passamos por eles como se não existissem, até para as pedras damos importância, para que não machuquem nossos pés caso tropecemos em alguma, e porque não valorar o próximo?
Não falo aqui em religião.Falo no conceito puro de SER HUMANO.
Desgasta a TV anunciar que mais um marginal foi preso por tráfico, ou um chinês que tentava exílio em outro país para não ser morto, desgasta ver pessoas fechando o vidro dos seus carros quase apertando as mãos miúdas que são extendidas em troca de qualquer coisa.
Magoa o coração ao saber que algum amigo foi reprovado, mesmo tendo competência para o cargo, por ser negro.
Decepciona, e muito, você saber que sua amiga não foi aceita em tal loja por estar acima do peso.
Onde vamos parar?
O que estamos construindo e deixando para nossos jovens?
Um mundo de mesquinharias, de valores insanos, de impurezas, um mundo no qual não se sabe o que é ter e ser uma família.
Um mundo redondamente quadrado em paredes brancas de prédios altos, imponentes e cinzas.
Apavora saber que o amor perdeu espaço para o dinheiro. Apavora ainda mais saber que apreciamos o que é lúdico.


A carta que nunca chegou

    Tarde cinza, vento forte fazia os galhos das árvores dançarem no jardim. Eu precisava finalizar a mudança que começara há dois anos,...