16 de nov. de 2010

O nosso querido Poetinha,como era chamado pelos amigos

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Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...



2 comentários:

  1. Olá Marli, que felicidade encontrar-te aqui. Tenho um outro blog que outrora esbocei uma poesia, mas não o continuei. Ei-la:

    Descompassando o compasso

    Estivesse eu querendo acertar

    Tentasse eu querendo errar

    Pudesse eu fazer tão belo

    Pensasse eu que fosse entrar

    Cantasse eu em tom mais baixo

    Ouvisse eu em som mais claro

    Sonhasse eu em verdes campos

    Vivesse eu em brancas brumas

    Amasse eu o amor mais louco

    Gritasse eu à ouvidos surdos

    Dançasse eu em rodas poucas

    Dormisse eu em camasutras

    Chorasse eu pelo esquecido

    Brincasse eu pela alegria

    Lutasse eu pelos perdidos

    Ganhasse eu não a razão

    Estendesse eu a mão que abate

    Dobrasse eu o julgo leve

    Entoasse eu a voz mais rouca

    Seguisse eu só o compasso

    Tocasse eu só a semibreve

    Descompassasse eu só o teu passo!

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  2. Que bom ter você em minha casa e com tão delicado presente.Belo e sublime poema...
    Volte sempre,pois sua presença vem deixar mais interessante este cantinho lindo e gostoso.
    Um abraço!

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