Atenção! Rio Grande do Sul.
O poeta, Luiz de Miranda é candidato ao Prêmio Nobel de Literatura de 2013. Primeiro gaúcho em um Nobel. Ao ser indicado e aceito para o prêmio, Luiz de Miranda projeta,como certeza o lugar onde vive. É uma realidade.
Ao ler no blog da amiga Tais Luso de Carvalho- Crônicas- sobre o assunto me senti pequena ao saber que um grande poeta está precisando do auxílio dos governantes para poder continuar a viver, com dignidade.
Pode alguém pensar ou até criticar, há tantas injustiças por aí, mas o nosso querido poeta elevou sua cidade, seu Bairro, seu Estado, seu País, sua Gente e, os elevou através da palavra bem elaborada, bem ritmada enfim ...
"A injustiça que se faz a um,é uma ameaça que se faz a todos" Barão de Montesquieu.
"Luiz de Miranda tem 11 Prêmios no Exterior: 4 (Estados Unidos), 2 (França), 2 (Paraguai), 2(Panamá), 1 (Itália). E recebeu Grande Prêmio Nacional de Poesia 2001 da Academia Brasileira de Letras entre dezenas de outros prêmios nacionais .Quanto ao reconhecimento, o escritor Nelson Werneck Sodré (1996) disse que Luiz de Miranda constituía-se numa das poucas grandes vozes da poesia brasileira. Gerardo Mello Mourão em 1999 comentou que Luiz de Miranda atingiu momentos dos mais altos da poesia brasileira. Em 2000, o imortal Antônio Olinto destacou que Gonçalves Dias e Luiz de Miranda significavam dois ápices da poesia de língua luso-brasileira e complementou que o poeta gaúcho ascendeu ao primeiro plano da poesia nacional. Lygia Fagundes Telles o classificou em 2002 como poeta maior. O ex-ministro de Educação de Portugal e crítico José Augusto Seabra disse em 2003 que “Cantos de Sesmaria” o tornava um dos maiores poetas do mundo. Conforme o principal escritor da história do Rio Grande do Sul, Moacyr Scliar (2006), Luiz de Miranda é o ápice da Poesia Brasileira. Enfim, estamos diante do melhor." ( Eduardo Jablonski )
Os brasileiros são um povo de memória curta .Hoje,qualquer jogador,apresentador de TV e outros têm mais importância que um escritor. São tantos poetas, patronos da poesia, mas que hoje estão esquecidos sendo assim, há uma perda muito grande de valor da palavra literária.
Penso que Luiz de Miranda é vítima de seu tempo está com seus pensamentos e versos avançados para o futuro e quem sabe hoje, incompreendido. Senti-me na pele do poeta, lutando por justiça ou quem sabe um pouco de solidariedade do seu povo. Talvez, precisou romper grilhões que o aprisionavam dos quais, também somos possuidores que são orgulho, vaidade e vergonha e pedir ajuda para obter o básico para viver.
Como calar diante de tantas injustiças que bradam por clemência, como ficar ileso?
Na coluna de" Zero Hora", escreveu a carta que segue, a Paulo Sant'Ana. Peço permissão à Tais Luso de Carvalho, para eu publicar a carta que ela registrou em uma crônica, no seu blog.
CARTA DE LUIZ DE MIRANDA A PAULO SANT'ANA
Querido Paulo Sant’Ana. Estou vivendo em completa miséria. Vivo há vários anos fazendo uma refeição por dia. Escolhi jantar. Não tenho nenhuma fonte de renda, pois poesia não dá dinheiro. Agora, sou candidato ao Nobel de Literatura 2013, o primeiro gaúcho num Nobel. Estou sofrendo há algum tempo uma ação de despejo, a qualquer momento posso ser colocado na rua.
O prefeito Fortunati ficou de me dar uma pensão mensal, mas se passaram mais de dois anos e nada aconteceu. O governo do Estado nada fez. Tenho problema de saúde: diabetes, pressão alta, insônia crônica. A cada mês, tenho que arrumar dinheiro com meus amigos. Devo ser o único candidato a um Nobel que não tem onde comer e morar. Mando-te o abraço amigo do sul do mundo.
(ass.) Luiz de Miranda.
O que se apresenta a nós, através do texto é um paradoxo, pois um poeta de renome, premiado e indicado ao Nobel de Literatura não tem dinheiro para se alimentar e cuidar de sua saúde.Quem sabe se todos unirmos nossas vozes em favor dele, o caro prefeito possa, em um curto espaço de tempo ajudá-lo em nome dos cidadãos, não apenas do Rio Grande do Sul, mas todos que amam ler e apreciam bons poemas.
Dizem que o reconhecimento tarda, mas espero que não falhe para o poeta Luiz de Miranda.