30 de jul. de 2013

Poeta candidato ao Nobel de Literatura não tem como sobreviver.

Atenção! Porto Alegre.
Atenção!  Rio Grande do Sul.



O poeta, Luiz de Miranda é candidato ao Prêmio Nobel de Literatura de 2013. Primeiro gaúcho em um Nobel. Ao ser indicado e aceito para o prêmio, Luiz de Miranda projeta,como certeza o lugar onde vive. É uma realidade.

Ao ler no blog da amiga Tais Luso de Carvalho- Crônicas- sobre o assunto me senti pequena ao saber que um grande poeta está precisando do auxílio dos governantes para poder continuar a viver, com dignidade.
Pode alguém pensar ou até criticar, há tantas injustiças por aí, mas o nosso querido poeta elevou sua cidade, seu Bairro, seu Estado, seu País, sua Gente e, os elevou através da palavra bem elaborada, bem ritmada enfim ...
"A injustiça que se faz a um,é uma ameaça que se faz a todos" Barão de Montesquieu.
"Luiz de Miranda tem 11 Prêmios no Exterior: 4 (Estados Unidos), 2 (França), 2 (Paraguai), 2(Panamá), 1 (Itália). E recebeu Grande Prêmio Nacional de Poesia 2001 da Academia Brasileira de Letras entre dezenas de outros prêmios nacionais .Quanto ao reconhecimento, o escritor Nelson Werneck Sodré (1996) disse que Luiz de Miranda constituía-se numa das poucas grandes vozes da poesia brasileira. Gerardo Mello Mourão em 1999 comentou que Luiz de Miranda atingiu momentos dos mais altos da poesia brasileira. Em 2000, o imortal Antônio Olinto destacou que Gonçalves Dias e Luiz de Miranda significavam dois ápices da poesia de língua luso-brasileira e complementou que o poeta gaúcho ascendeu ao primeiro plano da poesia nacional. Lygia Fagundes Telles o classificou em 2002 como poeta maior. O ex-ministro de Educação de Portugal e crítico José Augusto Seabra disse em 2003 que “Cantos de Sesmaria” o tornava um dos maiores poetas do mundo. Conforme o principal escritor da história do Rio Grande do Sul, Moacyr Scliar (2006), Luiz de Miranda é o ápice da Poesia Brasileira. Enfim, estamos diante do melhor." ( Eduardo Jablonski )
Os brasileiros são um povo de memória curta .Hoje,qualquer jogador,apresentador de TV e outros têm mais importância que um escritor. São tantos poetas, patronos da poesia, mas que hoje estão esquecidos sendo assim, há uma perda muito grande de valor da palavra literária.

Penso que Luiz de Miranda é vítima de seu tempo está com seus pensamentos e versos avançados para o futuro e quem sabe hoje, incompreendido. Senti-me na pele do poeta, lutando por justiça ou quem sabe um pouco de solidariedade do seu povo. Talvez, precisou romper grilhões que o aprisionavam dos quais, também somos possuidores que são orgulho, vaidade e vergonha e pedir ajuda para obter o básico para viver.

Como calar diante de tantas injustiças que bradam por clemência, como ficar ileso?
Na coluna de" Zero Hora", escreveu a carta que segue, a Paulo Sant'Ana. Peço permissão à  Tais Luso de Carvalho, para eu publicar  a carta que ela registrou em uma crônica, no  seu blog.

         CARTA DE LUIZ DE MIRANDA A PAULO SANT'ANA


Querido Paulo Sant’Ana. Estou vivendo em completa miséria. Vivo há vários anos fazendo uma refeição por dia. Escolhi jantar. Não tenho nenhuma fonte de renda, pois poesia não dá dinheiro. Agora, sou candidato ao Nobel de Literatura 2013, o primeiro gaúcho num Nobel. Estou sofrendo há algum tempo uma ação de despejo, a qualquer momento posso ser colocado na rua. 


O prefeito Fortunati ficou de me dar uma pensão mensal, mas se passaram mais de dois anos e nada aconteceu. O governo do Estado nada fez. Tenho problema de saúde: diabetes, pressão alta, insônia crônica. A cada mês, tenho que arrumar dinheiro com meus amigos. Devo ser o único candidato a um Nobel que não tem onde comer e morar. Mando-te o abraço amigo do sul do mundo. 


(ass.) Luiz de Miranda. 


O que se apresenta a nós, através do texto é um paradoxo, pois um poeta de renome, premiado e indicado ao Nobel de Literatura não tem dinheiro para se alimentar e cuidar de sua saúde.Quem sabe se todos unirmos nossas vozes em favor dele, o caro prefeito possa, em um curto espaço de tempo  ajudá-lo em nome dos cidadãos, não apenas do Rio Grande do Sul, mas todos que amam ler e apreciam bons poemas.
Dizem que o reconhecimento tarda, mas espero que não falhe para o poeta Luiz de Miranda.

19 de jul. de 2013

Tabu: Fotografias Post Mortem


Texto e fotos não aconselháveis a pessoas sensíveis ao tema.

    As fotografias “Pós Morte”, do latim “Post Mortem”, causa-nos um certo desconforto num primeiro momento.
É inevitável não sermos assolados por um sentimento de assombro, visto que as pessoas que “posam” para estas fotos, estão mortas.Esta prática foi muito utilizada na Era Vitoriana, período compreendido entre os anos de 1837 e 1901. A prática se tratava de vestir o corpo do falecido com suas roupas pessoais e fazer um retrato, com os colegas, familiares, amigos, ou apresentá-los individualmente. 
   A própria rainha Vitória utilizou esta técnica por várias ocasiões, e, com isto, deixava registrado em seu álbum de família uma lembrança, de seu ente querido que havia falecido.
   A fotografia post mortem foi crescendo no meio das famílias menos abastadas, pois, nesta época, era muito caro tirar fotos, e os pais queriam ter em seus registros a foto de seus filhos, e, também, a mortalidade infantil, na época, era alta.
  O processo de captura da imagem era demasiado longo, muito mais quando as fotos eram com crianças, que se mexiam, e não ficavam no enquadramento ideal.
Inviável para as famílias pobres.
A solução encontrada, bem como manter em álbum uma lembrança de seus rebentos, foi fotografar as crianças que haviam morrido, tendo assim um registro de sua passagem.
  Ao estudarmos a fundo sobre esta técnica, empregada na metade do século XIX, espantamo-nos ao entendermos como era o trabalho para deixar os mortos parecerem naturais.
  Recursos de iluminação, maquiagens, produção de cenário e vestimentas eram pensados e planejados de forma profissional e com esmero nos mínimos detalhes, de forma a garantir um cenário que representasse o cotidiano. Algumas vezes, eram necessários recursos extras de produção, como estruturas em madeiras ou ferro para sustentarem os corpos das pessoas mortas.
  Outras famílias abriam mão dessas produções, permitindo que seus entes fossem fotografados em seus caixões, porém era produzido um ambiente tranquilo para as fotos.
  Na nossa era, as fotos post mortem ganharam “fama”, digamos assim, após uma cena do filme “Os Outros”.
  Bizarrice, assombro, desconforto, as fotos post mortem nos causam diversas sensações, e são vistas como um Tabu, na sociedade.
  Caso ela viesse à tona, e se tornasse "moda" novamente, com certeza, muitas pessoas sairiam às ruas, em passeatas religiosas  para abolirem a tal prática.
  A questão é que o fato marcou uma parte da história, e, na época, era vista com bons olhos, pois o objetivo principal era guardar uma lembrança de um ente querido que não estaria mais entre eles.




  Estas fotos representam a cultura e a organização social de uma época em que o Romantismo estava em alta, e, neste período, houve uma visão nostálgica dos temas medievais de morte, e foi concebido com um ar muito mais sentimental, para alguns era um privilégio.


















18 de jul. de 2013

Dica de Filme: Minha mãe é uma viagem










Andy Brewster (Seth Rogen) está prestes a realizar a viagem de seus sonhos pelo país. Depois de decidir dar início à sua aventura com uma rápida visita à mãe, Joyce (Barbra Streisand), Andy se vê forçado a levá-la na viagem. Por cenários sempre diferentes, ele constantemente se irrita com as artimanhas da mãe, porém, com o tempo, percebe que suas vidas têm mais em comum do que imaginava. Os conselhos de sua mãe podem acabar sendo exatamente aquilo de que ele precisa.


4 de jul. de 2013

"Brasileiro, brasileira, tá na hora de gritar"

 
 
Há músicas e letras que despertam interesse e a interação do povo.
"Disputa de Poder", na voz de Simone, pressupõe-se que o povo que canta junto, e com brado forte,
entenda pela metáfora da canção, que está sendo subjugado pelo governo, o qual deveria lhe dar condições de uma vida um
pouco mais digna e que estamos cada vez mais pobres, explorados pela disputa de poder.
Penso que houve a " Catarse". O Gigante adormecido acordou!
 
Segue a letra desta obra prima da música popular brasileira composta por:
Compositor:Almir de Araújo/ Marquinho Lessa/ Hércules Correa/ Balinha
 
Disputa de Poder
 
É ruimDe segurar
Assim não dá é padecer
Do jeito que está
Vamos pagando pra sobreviver
Se trocou não mudou nada

Jogo de carta marcada
É só perder
A panelinha armada
Tem muita brasa
E ninguém bota pra ferver
Isso aqui tá brincadeira
Ou será que não está

Brasileiro, brasileira
Tá na horá de gritar

Chega
De levar tanta porrada

Vamos ver se a papelada
Dessa vez é pra valer
Chega
Tá virando sacanagem
As promessas são bobagens
Que só faz aborrecer

Cansado
Rasgo a fantasia
Dessa anarquia
Na disputa do poder

Piuí, piuí, puá, puá (poire-poire)
Eu quero ver onde essa zorra
Vai parar

A carta que nunca chegou

    Tarde cinza, vento forte fazia os galhos das árvores dançarem no jardim. Eu precisava finalizar a mudança que começara há dois anos,...