27 de fev. de 2014

Será que a curiosidade mata ou ensina ?

Era uma quarta feira à tarde eu estava entre algumas pessoas que acabara de conhecer. A conversa seguia seu rumo normal, quando alguém demonstrou vontade de ir embora para assistir à novela. Eu mais que depressa falei:
- Ah! vá ler um livro!
Ela olhou-me humildemente e respondeu:
- Não sei ler nem escrever.
Com o coração a galope, a mente em ebulição, pus de lado as outras pessoas e me aproximei dela. Eu havia perdido o chão. As palavras, as ideias, os pensamentos estavam estranhos em minha mente. A pergunta fervilhava dentro de mim.
- Como não sabe ler?
Em meu íntimo tinha certeza de que ela estava brincando. ( Ela era uma mulher de trinta e poucos anos ) e disse-me que não sabia ler. E eu não sabia mais falar nada. O momento disse tudo. Resolvi mexer fundo no assunto e fiquei sabendo que havia muitas pessoas próximas a ela que também não sabiam ler, inclusive a mãe dela. Contou-me ela que nem o ônibus conseguia pegar, porque não sabia ler a placa. Que confundia-se com o dinheiro e onde trabalhava estava ficando muito difícil até para anotar números de telefones.
Esta história é recente, triste e eu sou professora, já fui alfabetizadora também.

Nós que estamos sempre afirmando que todos devem estudar, mudar de pensamento, evoluir, ler e ler. Sócrates disse que: "Educar é ensinar a pensar". 
Penso que antes vem a alfabetização e que a aprendizagem, leitura, reflexão devem caminhar juntas.
Sócrates há 25 séculos também disse que aprender é uma condição humana natural. Todos aprendem, só precisamos facilitar o processo de aprender e conduzir o aprendizado para o fim desejado; isto é integrar o aluno à sociedade, desenvolver suas competências para usá-las na construção do todo.
Temos que ensinar a arte de perguntar. Voltando a Sócrates, ele dificilmente respondia, apenas perguntava. Com isso, ele levava os seus alunos a usar a cabeça, isto é, a pensar, refletir, analisar. 
E hoje, podemos perguntar?
Tenho pena dos perguntadores e dos curiosos.
Se perguntam muito são rotulados de mal-educados e impertinentes. Como são vistos como perturbadores são punidos. 
Educar exige paciência, porém é quase impossível no mundo de hoje, termos paciência, pois o mundo está impaciente, veloz, digital, cibernético, inconstante e até podemos afirmar: está louco. 
Podemos afirmar que a paciência ainda existe, mas apenas na consciência do educador. Aquele que realmente educa, pois há professores que não são educadores.
Quem Ama, Educa!, escreveu o psiquiatra e educador Içami Tiba.
" Não se pode forçar a janela: é preciso abri-la com carinho e espantar os corvos da desconfiança que porventura pairem na soleira."
É a mais humana das esperanças, a única que pode responder ao anseio de construir não apenas uma sociedade, mas uma civilização. Parodiando o escritor: quem educa, ama. 

22 de fev. de 2014

Pra sempre...

Hoje, encontrei no Yahoo! uma notícia que me emocionou. Quero dividi-la com vocês, meus amigos, do Naco de Prosa:

"Em uma história típica de filmes, um casal de idosos morreu de mãos dadas em Nova York, nos Estados Unidos. Ed Hale, de 83 anos, havia prometido à mulher, Floreen Hale, que nunca a deixaria. Mesmo estando em hospitais diferentes, eles foram colocados juntos momentos antes da morte.

Ambos foram internados em janeiro em estado grave. Ed tinha um problema na perna e foi levado primeiro; poucos dias depois Floreen foi internada com graves problemas cardíacos. Inconformado com a distância, ele implorou para a filha, Renne, que o coloca-se em contato com a mulher.

“Ele disse ‘preciso ver sua mãe, preciso falar com sua mãe. Estou morrendo, eu preciso vê-la’. Foi o pior dia da minha vida", conta Renee.

Com uma pequena melhora em seu quadro, Ed foi transferido para o hospital no qual estava Floreen e colocado em uma cama ao lado dela. Os dois trocaram juras de amor e, poucos momentos depois, ela morreu. Ed não deixou a esposa e, de mãos dadas com ela, morreu 36 horas depois com piora grave em seu quadro.

Os dois se conheceram em 1952, em uma festa no bairro em que morava em Nova York. A história revelada pelo New York Daily News em sua edição desta sexta-feira (21) aconteceu na última semana. O casal foi enterrado junto no último dia 13."*

 
*Fonte: Yahoo!
 
Está aí uma prova de que há sim como cumprir o juramento: "Até que a morte nos separe"...
 
 
 
 
 
 

16 de fev. de 2014

Para vocês: Meryl Streep



Meryl Streep é a revelação de todos os tempos no cenário cinematográfico.
Seus filmes, um atrás do outro, desvendam em cada papel o lado profissional e “quase” perfeito dessa atriz.
Ela nasceu em Summit, New Jersey, no dia 22 de junho de 1949.
Consegue levar sua vida pessoal com descrição, principalmente em um meio complicado que é o artístico de Hollywood.
Em 1978, estava noiva do ator John Cazale ( O poderoso chefão, Franco atirador ), quando ele foi diagnosticado com câncer ósseo.
Estava trabalhando com Meryl  no filme The Deer HunterA atriz, inclusive, só aceitou participar do filme para passar mais tempo ao lado de John.
Eles ficaram juntos por quatro anos, até a morte do ator.
Neste mesmo ano, Meryl inicia relacionamento com o escultor Don Gummer, amigo de longa data, com quem teve quatro filhos. Meryl e Don estão juntos há 36 anos. O que os torna um dos casamentos mais longos de Hollywood.
Ano passado, com a premiação do Oscar, Meryl iniciou o discurso de agradecimento mencionando seu marido, Don:  "Primeiramente eu gostaria de agradecer Don, porque quando se agradece ao marido no final do discurso, eles aumentam o volume da música e eu faço questão de que ele saiba que tudo que eu valorizo em nossas vidas foi ele que me deu".
Meryl é uma atriz surpreendente, no filme Mamma Mia! ela interpretou a maioria das canções, emprestando a voz para este que foi o maior sucesso comercial da atriz: aproximadamente 603 milhões de dólares.
Ela é conhecida, também, pela sua grande capacidade de mimetizar sotaques, desde dinamarquês, passando pelo inglês britânico, italiano, irlandês, australiano, polonês, alemão e o sotaque estridente da ex primeira ministra Margaret Thatcher, no filme A Dama de Ferro.
Meryl leva seu trabalho tão a sério que chega a ser fissurada pelo que faz, e busca sempre a perfeição.
Exemplo disso, é um dos filmes Música do Coração ( 1999 ), em que Meryl interpreta Roberta Guaspari, professora de violino.
Porém, a atriz não sabia tocar violino, e iniciou ensaios de 6 horas por dia, durante 8 semanas.
O resultado, conforme profissionais da área, não poderia ter sido mais convincente. o mais irônico, é que a primeira atriz cotada para este papel foi a cantora Madonna. E, para nosso alívio, ela não aceitou.
Quem assistiu Música do Coração, afirma categoricamente ( inclusive eu ), que Meryl foi responsável pelo sucesso e delicadeza do filme.
Eu já assisti a muitos filmes de Meryl, em todos eles encontro a sensibilidade da atriz exposta em cada cena. Seja o gênero que for, seja a personagem que for, Meryl possui uma delicadeza singular, que nos encanta, que nos faz ter vontade de aplaudi-la no final.
Foi assim nos filmes O Diabo Veste Prada, A Dama de Ferro, Mamma Mia!, A Casa dos Espíritos, Kramer vs Kramer, As Pontes de Madison, A Escolha de Sofia...
São 18 indicações ao Oscar ( venceu 03 vezes ) e 28 ao Globo de Ouro ( venceu 08 vezes ). Além de outros prêmios em diversos países.
Meryl tem um carreira sólida, mantém sua vida pessoal longe dos holofotes sensacionalistas.
Outro detalhe, que me chama atenção, é a humildade de Meryl. Em 2010, na premiação do Oscar, a vencedora foi Sandra Bullock. Quando foi anunciada, e chamada para subir ao palco e receber o prêmio, a atriz foi até Meryl, que a aplaudia, abraçou-a emocionada e agradeceu por tudo. Ela não acreditava que tinha ganho o prêmio, e não Meryl.
Este ano, Meryl foi indicada ao seu 18º. Oscar pelo filme Álbum de Família. Ela deu um depoimento indignada, dizendo que não entende como pode ter sido indicada, tendo atrizes tão maravilhosas que não foram, entre elas Emma Thompson: “Fiquei realmente chocada. Escrevi para ela um longo e sentimental e-mail dizendo o quanto me senti mal. Ela me respondeu dizendo ‘que bom’”, disse Meryl. E completa: “Não achei que eu tivesse chance. Sou tão velha guarda... Foram tantas as performances maravilhosas deste ano... Foram várias surpresas e injustiças”.
Não há como ficar indiferente diante da atuação de Meryl Streep. Ela consegue, ao interpretar personagens reais, como Miranda Presley, por exemplo, fazermos com que confundamos a personagem fictícia da real.
Abaixo, alguns dos filmes que assisti de Meryl, e que estão em minha coleção. A diversidade é impressionante:


Dúvida, 2008
1964. O carismático padre Flynn (Philip Seymour Hoffman) tenta acabar com os rígidos costumes da escola St. Nicholas, localizada no Bronx. A diretora do local é a irmã Aloysius Beauvier (Meryl Streep), que acredita no poder do medo e da disciplina. A escola aceitou recentemente seu primeiro aluno negro, Donald Miller (Joseph Foster), devido às mudanças políticas da época. Um dia a irmã James (Amy Adams) conta à diretora suas suspeitas sobre o padre Flynn, de que esteja dando atenção demais a Donald. É o suficiente para que a irmã Aloysius inicie uma cruzada moral contra o padre, tentando a qualquer custo expulsá-lo da escola.

O Suspeito, 2007
Anwar El-Ibrahimi (Omar Metwally) está retornando aos Estados Unidos, após participar de uma conferência na África do Sul. Entretanto antes de desembarcar, mas já em solo americano, ele é retido por autoridades do governo. Isabella (Reese Whiterspoon), sua esposa, fica à sua espera no aeroporto, em vão. Anwar simplesmente desaparece, sem que Isabella ou qualquer outra pessoa saiba o que aconteceu com ele. Na verdade Anwar foi retido a mando de Corrine Whitman (Meryl Streep), que investiga a morte de cidadãos americanos em um atentado terrorista e desconfia que ele tenha algum envolvimento com um grupo perigoso no Egito, seu país-natal. Anwar é levado para fora dos Estados Unidos, onde passa a ser torturado com o objetivo de revelar as informações que sabe. Paralelamente Isabella busca a ajuda de um antigo amigo de escola, Alan Smith (Peter Sarsgaard), que agora trabalha como assessor de um senador (Alan Arkin).

Um Divã para Dois, 2012
Kay (Meryl Streep) e Arnold Soames (Tommy Lee Jones) estão casados há 30 anos. O relacionamento entre eles caiu na rotina e há tempos não tem algum tipo de romantismo. Querendo mudar a situação, Kay agenda para ambos um fim de semana de aconselhamento com o dr. Feld (Steve Carell), que passa a lhes dar conselhos sobre como reavivar a chama da paixão.

Julie & Julia, 2009
1948. Julia Child (Meryl Streep) é uma americana que passou a morar em Paris devido ao trabalho de seu marido, Paul (Stanley Tucci). Em busca de algo para se ocupar, ela se interessou por culinária e passou a apresentar um programa de TV sobre o assunto. Cinquenta anos depois, Julie Powell (Amy Adams) está prestes a completar 30 anos e está frustrada com a vida que leva. Em busca de um objetivo, ela resolve passar um ano cozinhando as 524 receitas do livro de Julia Child, "Mastering the Art of French Cooking". Ao longo deste período Julie escreve para um blog, onde relata suas experiências.

Mamma Mia!, 2008

1999, na ilha grega de Kalokairi. Sophie (Amanda Seyfried) está prestes a se casar e, sem saber quem é seu pai, envia convites para Sam Carmichael (Pierce Brosnan), Harry Bright (Colin Firth) e Bill Anderson (Stellan Skarsgard). Eles vêm de diferentes partes do mundo, dispostos a reencontrar a mulher de suas vidas: Donna (Meryl Streep), mãe de Sophie. Ao chegarem Donna é surpreendida, tendo que inventar desculpas para não revelar quem é o pai de Sophie.


Álbum de Família, 2013
Barbara (Julia Roberts), Ivy (Julianne Nicholson) e Karen (Juliette Lewis) são três irmãs que são obrigadas a voltar para casa e cuidar da mãe viciada em medicamentos e com câncer (Meryl Streep), após o desaparecimento do pai delas (Sam Shepard). O encontro provoca diversos conflitos e mostra que nenhum segredo estará protegido. Enquanto tenta lidar com a mãe, Barbara ainda terá que conviver com os problemas pessoais, com difíceis relações com o ex-marido (Ewan McGregor) e com a filha adolescente (Abigail Breslin).

As Pontes de Madison, 1995
Após a morte de Francesca Johnson (Meryl Streep), uma proprietária rural do interior do Iowa, seus filhos descobrem, através de cartas que a mãe deixou, do forte envolvimento que ela teve com um fotógrafo (Clint Eastwood) da National Geographic, quando a família se ausentou de casa por quatro dias. Estas revelações fazem os filhos questionarem seus próprios casamentos.

A Dama de Ferro, 2011
Antes de se posicionar e adquirir o status de verdadeira dama de ferro na mais alta esfera do poder britânico, Margaret Thatcher (Meryl Streep) teve que enfrentar vários preconceitos na função de primeiro-ministra do Reino Unido em um mundo até então dominado por homens. Durante a recessão econôminica causada pela crise do petróleo no fim da década de 70, a líder política tomou medidas impopulares, visando a recuperação do país. Seu grande teste, entretanto, foi quando o Reino Unido entrou em conflito com a Argentina na conhecida e polêmica Guerra das Malvinas.

O Diabo Veste Prada, 2006
Andrea Sachs (Anne Hathaway) é uma jovem que conseguiu um emprego na Runaway Magazine, a mais importante revista de moda de Nova York. Ela passa a trabalhar como assistente de Miranda Priestly (Meryl Streep), principal executiva da revista. Apesar da chance que muitos sonhariam em conseguir, logo Andrea nota que trabalhar com Miranda não é tão simples assim.

Música do Coração, 1999
Quando o marido de Roberta a deixou por uma amiga da família, ela deixou a segurança de sua pequena cidade e se mudou para o East Harlem com um objetivo: dar às s crianças esperança, orgulho e poder para fazer algo por elas mesmas da forma mais improvável - através de cinquenta violinos. Após 10 anos de ensino, a escola decide por cancelar suas aulas. Apoiada por seus amigos e pela comunidade local, ela decide lutar para manter o curso em funcionamento.

A Casa dos Espíritos, 1993
A história do Chile da década de 20 aos anos 70 é contada através da saga da família Trueba, que começa com a união de um homem simples (Jeremy Irons), que fica rico, com uma jovem (Meryl Streep) de poderes paranormais. A saga se desenvolve até esta família ser atingida pela revolução, que no início da década de 70 derrubou o presidente Salvador Allende.

Um Amor Verdadeiro, 1998
Narrado quase todo em flashback, retrata os últimos meses da vida de Kate Gulden (Meryl Streep), que está morrendo de câncer. George Gulden (William Hurt), o marido e escritor frustrado, alegando que não pode cuidar da esposa por ter uma vida profissional intensa pressiona Ellen Gulden (Renée Zellweger), a filha, para largar seu emprego de jornalista em Nova York e sua vida particular para cuidar da mãe. Ellen concorda a contragosto, pois além de prejudicar sua carreira se vê em um contexto social totalmente estranho.

Leões e Cordeiros, 2007
O senador Jasper Irving (Tom Cruise) pretende lançar sua nova "estratégia completa" para a guerra dos Estados Unidos no Afeganistão e, para divulgá-la, precisa convencer a jornalista Janine Roth (Meryl Streep). Simultaneamente o dr. Stephen Malley (Robert Redford), um professor idealista, tenta convencer Todd (Andrew Garfield), um de seus alunos mais promissores, a mudar o curso de sua vida. Ao mesmo tempo Ernest (Michael Peña) e Arian (Derek Luke) são soldados que estão lutando nas montanhas geladas do Afeganistão, buscando se lembrar do porquê de terem se alistado no exército americano.

Terapia do Amor, 2005
Rafi Gardet (Uma Thurman) é uma mulher de 37 anos, que mora em Nova York e se separou recentemente. Decidida a se dedicar à carreira, ela não quer se envolver em nenhum relacionamento amoroso. Mas sua opinião muda após conhecer David Bloomberg (Bryan Greenberg), um talentoso pintor de 23 anos, por quem se apaixona.

Desventuras em Série, 2004
Klaus (Liam Aiken), Violet (Emily Browning) e Sunny (Kara Hoffman e Shelby Hoffman) são três irmãos que repentinamente recebem a notícia de que seus pais morreram em um incêndio. Como são menores de idade eles não podem ainda herdar a fortuna de seus pais, o que apenas ocorrerá quando Violet, a mais velha, completar 18 anos. O trio passa então a morar com o Conde Olaf (Jim Carrey), um parente distante bastante ganancioso, que deseja tomar a fortuna das crianças para si. Para atingir sua meta Olaf não medirá consequências.

Simplesmente Complicado, 2009
Santa Barbara. Jane (Meryl Streep) é mãe de três filhos e mantém uma relação amigável com Jake (Alec Baldwin), seu ex-marido, de quem se separou há dez anos. Quando eles se encontram para a formatura de um dos filhos, fora da cidade, surge um clima e eles passam a ter um caso. Só que Jake é agora casado com Agness (Lake Bell), o que faz com que Jane torne-se sua amante. Paralelamente, Adam (Steve Martin) entra na vida de Jane. Ele é um arquiteto contratado para remodelar a cozinha do restaurante de Jane e, aos poucos, se apaixona por ela.

A Escolha de Sofia, 1982
Em 1947 Stingo (Peter MacNicol), um jovem aspirante a escritor vindo do sul, vai morar no Brooklyn na casa de Yetta Zimmerman (Rita Karin), que alugava quartos. Lá conhece Sofia Zawistowska (Meryl Streep), sua vizinha do andar de cima, que é polonesa e fora prisioneira em um campo de concentração e Nathan Landau (Kevin Kline), seu namorado, um carismático judeu dono de um temperamento totalmente instável. Em pouco tempo tornam-se amigos, sendo que Stingo não tem a menor idéia dos segredos que Sofia esconde nem da insanidade de Nathan.

Into the Woods ( 2014 - estréia prevista para 25 de Dezembro de 2014 nos Estados Unidos )
O longa é uma adaptação do espetáculo da Broadway encenado pela primeira vez em 1987, criado por Stephen Sondheim e James Lapine, que usaram como base os contos de fadas dos Irmãos Grimm. No musical, as histórias de Chapeuzinho Vermelho, Cinderela, Rapunzel e João e o Pé de Feijão se encontram, em uma mistura divertida e macabra, ao mesmo tempo. A personagem de Meryl tem a missão de reverter uma maldição para que ela volte a ser bonita.




11 de fev. de 2014

Polícia para quem precisa

Há alguns dias, numa conversa informal entre parentes e amigos, coloquei em pauta a questão de que os cidadãos de bem estão fazendo justiça com as próprias mãos em nosso país. 
Isso por não aguentarem mais “os direitos humanos” protegendo apenas bandidos, os policiais não terem o mínimo de equipamentos necessários para proteger a população, os políticos não terem entendido que as manifestações não eram por vinte centavos do aumento da passagem do ônibus.
Trabalhadores de bem, que fazem o País ir para frente, estão sendo assassinados gratuitamente porque a justiça do Brasil não funciona.
Pela mesma porta que entra, o criminoso sai.
Nas fotos, nas filmagens, aparecem dando risadas, debochando de todos nós.
Fatos que nos corroem por dentro, que nos fazem xingar a televisão e fazer juramentos que não sei se teria perdão diante de Deus.
Em 2012, tivemos 50 mil mortes, incluindo homicídios dolosos (47.136), assaltos seguidos de morte (1.810) e lesão corporal seguida de morte (1.162). 
Eu não sei quem irá me proteger quando eu precisar, quem irá proteger a minha família, meus amigos, meus colegas, às pessoas de bem?
Enquanto aqueles que cometem os crimes contra cidadãos necessários para o desenvolvimento deste País estão comendo, dormindo, tomando banho de sol às nossas custas, e sendo protegidos por organizações tortas, nós que trabalhamos, pagamos impostos para o governo que nos vira as costas a todo instante, temos que viver trancafiados em casa, envolta de cercas elétricas e câmeras de segurança.
Cenas como a ocorrida no Rio de Janeiro este ano, de um “menor” com passagem na polícia três vezes por roubo e furto, amarrado pelo pescoço a um poste, nu, estremecem o lado humano dos seres.
Sem questões religiosas ou puritanas, quem deu direito a esse “menor” de assaltar, amedrontar cidadãos de bem apenas para saciar seu vício por entorpecentes? 
Não coloquem a culpa na sociedade, não coloquem a culpa no vizinho.
A culpa é daquele que pode fazer algo e está de braços cruzados para nos ajudar: o governo.
Pergunto: por que o governo, com as ferramentas que tem disponíveis, não faz um trabalho de prevenção nas comunidades do País? Por que as ONGs, que gostam de defender fervorosamente os bandidos, não saem às ruas e fazem um trabalho definitivo, que traga resultado?
Não adianta nos culpar, senhores, somos tão vítimas quanto esses delinquentes.
Somos até mais.
Enquanto eles têm a liberdade de irem às ruas, nós que trabalhamos o dia todo, a semana todo, finais de semana, somos proibidos ( para a nossa segurança ) de ir a muitos lugares tomados por esses marginais.
Esta semana faleceu o cinegrafista da TV Bandeirantes, ele estava acompanhando as “manifestações” no Rio de Janeiro, contra o aumento das passagens, quando foi atingido por um rojão, atirado por um rapaz que estava protestando.
Segundo informações extra oficiais.
Mas contra o que, exatamente, esse indivíduo protestava?
Baderna, vandalismo, violência, covardes/terroristas mascarados não são sinônimos de protesto.
O Brasil já foi bom neste quesito, o que não me deixa mentir são as épocas da Ditadura e Collor. 

Hoje, delinquentes que querem bagunça saem às ruas e depredam bens comuns, e a conta sobra sempre para nós, os trabalhadores que assistem a tudo, e vê os marginais saindo tranquilos, amparados por advogados e pseudo organizações, pela porta da frente da delegacia.
Li sobre uma reportagem a respeito das Las Damas de Blanco de Cuba, que protestam sobre os presos políticos da época da Ditadura Cubana.
O protesto, SILENCIOSO, conta com mulheres vestidas de branco, empunhando cartazes pedindo informações sobre os presos.
E vocês perguntam: mas sem som é possível se fazer ouvir? O silêncio grita aos ouvidos dos culpados, acreditem.
Na época do protesto para o não desmatamento da Amazônia, pessoas ligadas a Chico Mendes, foram até a barreira feita por policiais. Crianças, mulheres, seringueiros, posicionaram-se em frente à barreira, e entoaram o hino Nacional.
Os policiais abaixaram as armas e cantaram junto.
Sem um tiro, sem sangue, sem prisão.
Protestos, manifestos, bombas de gás, rojões, mortes, sangue... o nosso Brasil está fugindo do controle da segurança nacional, e os cidadãos de bem, cansados, estão virando justiceiros.
Em dezembro, um homem foi linchado na Bahia, após ser denunciado por estuprar sua sobrinha de seis anos.
Se os policiais não intervissem, o homem teria morrido. Foi atingido por pedras, socos e xingamentos.
Este é o momento para que os governantes se mexam e demonstrem trabalho. Reúnam-se e nos ajudem, ajudem os cidadãos que trabalham, que pagam impostos, que andam da forma mais correta possível neste país, e os protejam. 

Só há comoção quando alguém importante ou de algum veículo importante sofre danos.
Eu não sou famosa, não trabalho na televisão, não sou política, mas sou cidadã, sou importante para minha família, e mereço respeito como todos que levam este País nas costas.




8 de fev. de 2014

Chico Mendes

Esses dias, trocando de canais ( adoro o inventor do controle remoto ), deparei-me com uma homenagem feita a Chico Mendes no canal Globo News, homenagem aos 25 anos de sua morte.
Infelizmente, quando localizei a matéria, ela já estava na metade. Para minha felicidade, noutro dia, o material exibido foi reprisado.
Eu não conhecia a história dele a fundo.
Não é rotina falar deste seringueiro defensor da floresta.
Eu ouço falar sobre Chico quando procuro no Youtube a música Louvor a Chico Mendes, ou quando surgem essas homenagens em forma de matéria como foi o caso do programa apresentado pela Globo News.
Mas quem foi Chico Mendes, afinal? Merecedor de letras de músicas, programas na TV, homenagens internacionais?
Francisco Alves Mendes Filho nasceu em Xapuri, no ano de 1944. filho de seringueiro, aprendeu a ler com cerca de vinte anos, já que nos seringais, em sua maioria, não havia escolas.
O que não impediu Chico a elevar sua voz e defender com “punhos de ferro”  os seringueiros da Bacia Amazônica, cujo meio de subsistência dependia da preservação da floresta e suas seringueiras nativas.
A partir de 1976, Chico participou ativamente das lutas dos seringueiros para impedir o desmatamento através dos “empates”, ou seja, manifestações pacíficas em que os seringueiros protegem as árvores com seus próprios corpos, “empatando”, literalmente, o desmatamento.
Em várias imagens da época, Chico mostra como extrair o látex das árvores, e o período que se deve dar de intervalos para respeitá-las.
Não posso dizer que a matéria foi tendenciosa, pois não li nenhuma biografia sobre ele, ou me deparei com outro material a respeito de Chico Mendes, mas penso que um homem que narra suas peripécias na mata, reconhecendo e informando ao repórter cada flor, cada planta que naquele solo existem, reconhecendo e imitando o som de cada pássaro, explicando o respeito que temos que ter com a natureza que ela nos devolverá o mesmo respeito, não deve ser um “bandido”, como os assassinos e donos de empresas interessadas no desmatamento da Amazônia, pintaram.
Fico pensando nessas pessoas que, pacificamente, amarram-se às arvores, ou simplesmente ficam em seus galhos para evitarem seu tombamento por máquinas capitalistas. 

Chico foi uma dessas pessoas.
Em Curitiba, neste ano, ocorrerá um manifesto na “Boca Maldita”, contrário à derrubada de duas Araucárias ( símbolos, inclusive, do Paraná ) em um bairro.
Os povos da floresta necessitam da floresta, nós necessitamos da floresta.
Chico foi aos Estados Unidos e Europa pleitear mudanças, denunciou conflitos, deixando a Amazônia sob o foco da pressão internacional.
Na época, os bancos injetavam grandes quantias em dinheiro para desenvolver o Estado, desenvolvimento este que prejudicava diretamente o direito dos seringueiros, e Chico levou esta questão aos Estados Unidos, ele assinou sua sentença de morte.
Os Estados Unidos e a Europa entenderam a questão e apoiaram Chico Mendes, algo que o próprio país onde ele nasceu e por quem ele lutava, não fez.
Logo começaram os ataques, pistoleiros feriam e matavam companheiros de Chico Mendes e os trabalhadores.
Eu fico aqui pensando, em um pequeno espaço de tempo, mais de 30 trabalhadores foram assassinados, a polícia federal cruzou os braços, o governo virou as costas. Estavam à mercê da sorte e de Deus.
O que me faz ter a certeza de que há muito tempo, trabalhadores honestos e pessoas envolvidas diretamente com o desenvolvimento e preservação deste país, não têm valor algum, a não ser para sua própria família.
Muitas pessoas incentivaram Chico a deixar a luta, a ir embora do país para que mantivesse sua vida. Mas ele sempre revidava: “Eu não serei um traidor”.
Chico tinha um ideal, e lutou até o final de sua vida.
Ele foi assassinado em 1988, aos 44 anos,   com tiros de escopeta no peito na porta dos fundos de sua casa,  quando saía de casa para tomar banho. Chico anunciou que seria morto em função de sua intensa luta pela preservação da Amazônia e buscou proteção, mas as autoridades e a imprensa não deram atenção. 


“Não quero flores no meu enterro, pois sei que vão arrancá-las da floresta. Adeus. Foi um prazer”. Trecho da carta escrita por Chico Mendes.

* No final da letra abaixo, segue vídeo do Youtube com a interpretação da música.


Louvor a Chico Mendes

Chico onde houver uma vida
Sua voz será ouvida
Como força de oração
do amor pela terra
Que não se encerra num coração
Sou mais um nessa guerra
Quebrando a serra da devastação

Me abraço à natureza
E a Deus peço axé
Em louvor, a Chico Mendes
Sua luta, sua fé
Homem simples seringueiro
um valente brasileiro

Que ao mundo fez seu manifesto
Um protesto à crueldade e à tirania
das derrubadas das queimadas
É a Amazônia em agonia
que hoje chora a saudade
De Nova York a Xapuri ô ô
Do Oiapoque ao Chuí, xi!
Será que as coisas mudam por aqui?
Na Amazônia
a Amazônia ta virando zona
de liquidação
Sem cerimônia
matam e metem a mão
Na Amazônia
A Amazônia ta virando zona
de liquidação
sem cerimônia
matam sem perdão
um líder

Chico onde houver uma vida
Sua voz será ouvida
Como força de oração
do amor pela terra
Que não se encerra num coração
Sou mais um nessa guerra
quebrando a serra da devastação
A meu verde
Meu verde não é rabo de foguete
Vai tacar fogo no cacete




2 de fev. de 2014

Colunista, escritor, poeta, historiador...Odilon Muncinelli

Através da Arte acontecem as transformações em nossa vida. E aí, é quando sentimos que houve a Epifania.
Neste momento, a palavra  epifania  me levou ao nome do meu amigo Odilon Muncinelli , advogado atuante, grande escritor com publicações em livros, jornais, revistas .
Na sexta feira, dia 31, eu recebi das mãos do acadêmico Odilon Muncinelli, a revista da Academia de Letras do Vale do Iguaçu, da qual ele é membro e fundador, ocupando a cadeira de número 18, tendo como Patrono João Farani Mansur Guérios. Nesta revista de número 06, Odilon assinou dois artigos nos quais como sempre preza pela história local, pois procura através de árduas e longas pesquisas esclarecimentos, que por algum motivo foram sendo esquecidos ou mal entendidos.
O primeiro artigo tem o título: A moradia do Coronel Amazonas.
O segundo é sobre Zélia Maria Nascimento Sell, jornalista, pesquisadora  e historiadora, comanda um programa” Nossa História”, no qual ela conta a História do Paraná e Santa Catarina.
Na mesma revista , Odilon nos presenteia com dois discursos: sendo o primeiro para a primeira vereadora  de Porto União, SC., Araceli Rodrigues Friedrich  o outro para a Irmã Dionísia, uma pequena grande mulher.
Fechou com chave de ouro sua participação com dois belos poemas cujos títulos são: “ Beira do Iguaçu “ e “ O Castelinho”.
Como significativo colunista Odilon Muncinelli  através das atividades culturais  nos mantém unidos ao redor do conhecimento. O sucesso e dedicação do nobre escritor percebe-se  também pela leitura de sua coluna “ Milho no Monjolo”, no Jornal  “ O Comércio”.
O pensamento de Thomas Fuller  serve maravilhosamente bem para Odilon Muncinelli, que sempre está compartilhando conosco  suas pesquisa e estudos.


“ Se tens conhecimento, deixa que as outras pessoas acendam as suas velas na tua...”

A carta que nunca chegou

    Tarde cinza, vento forte fazia os galhos das árvores dançarem no jardim. Eu precisava finalizar a mudança que começara há dois anos,...