29 de jul. de 2014

Chinesa carrega avó todos os dias para o trabalho

MOMENTO REFLEXÃO...
O amor de uma neta pela avó virou uma história de exemplo e superação na China. Todos os dias, Huang Li Hua, de 24 anos, carrega a vovó Wan Zongsiu, de 88, até o trabalho, para não deixá-la sozinha em casa.
Huang tem seu próprio restaurante, juntamente com o namorado, no sudoeste da província de Chongqing. Levar a sua avó é uma forma de agradecê-la pelos cuidados durante a infância, segundo ela.
"Ela nunca me deixou trancada em casa. Se ia ao mercado, visitar um amigo ou trabalhar no campo, ela me levava junto. E eu nunca quis muito mais do que isso. Sempre tive comida boa e muito amor", declarou Li Hua ao jornal britânico Daily Mail.


Fonte: A Tarde.com.br


21 de jul. de 2014

Singela Homenagem ao João Ubaldo e Rubem Alves

Eu estava em viagem quando soube da morte do escritor João Ubaldo, senti muito a perda de tão grande escritor. Em viagem, fica mais difícil você cumprir algumas atividades e aí, pensei, logo que possa vou fazer um texto para homenagear tão querido escritor. Ainda fora de casa, mas pensando na homenagem ao João Ubaldo, lembrei aqui e ali romances dele no exato momento que meus pensamentos se afloravam, eu estava na livraria Cultura, em Curitiba e percebi que havia muitos leitores em busca de alguma de suas riquíssimas obras. Lembrei de uma frase dele que eu gosto muito “ Um romance são tantos romances quantos forem seus leitores”.
É claro que quando lemos uma obra, nós nos tornamos um pouco donos dela, por isso concordo com a frase acima. Eu posso pensar vários finais, vários  personagens enfim, a obra passa a ser de todos os leitores, pois cada um lê de maneira diferente. Aí, acabei lendo um pouco de algumas obras, peguei os livros dele, e fui à procura de um lugarzinho para eu poder também degustar um delicioso café. Perco-me no tempo quando estou lendo, acabei comprando alguns livros e fui embora.
No sábado, pela manhã, ouvi pela televisão a morte de Rubem Alves, na hora pensei, nossa acho que me enganei de morto, pensei que fosse o João Ubaldo, mas foi o Rubem Alves, fiz o comentário e percebi os olhares, e me dei conta da grande tragédia. A morte de dois grande escritores, por isso resolvi  escrever sobre os dois em um só texto. Estou muito triste, pois sou muito ligada à Literatura e estes dois já deixaram grande lacuna que nunca será preenchida.
João Ubaldo Ribeiro, escritor e acadêmico morre em casa aos 73 anos, no Leblon, Zona Sul do Rio, ocupava a sétima cadeira, número 34 da ABL, ele foi eleito em sete de outubro de 1999, na sucessão de Carlos Castelo Branco.
O velório aconteceu no Salão dos Poetas Românticos, a Academia decretou luto por três dias.
João Ubaldo era um escritor voltado ao povo brasileiro, com a realidade brasileira e a justiça social. Suas personagens, com certeza, devem estar muito tristes. Ele revolucionou o romance brasileiro, como exemplo: “Viva o Povo Brasileiro” e “Sargento Getúlio”.
Autor também de “O sorriso dos lagartos”, “A casa dos budas ditosos”. Em 2008 ganhou o Prêmio Camões, o mais importante da Literatura em Língua Portuguesa.Também ganhou dois prêmios Jabuti da Câmara Brasileira do Livro, em 1972 e 1984, como melhor autor e melhor romance do ano, “ Sargento Getúlio”e “ Viva O Povo Brasileiro”.


João Ubaldo





Rubem Alves

Morreu no fim da manhã deste sábado, 19, o escritor e educador Rubem Alves, aos 80 anos. Ele morava em Campinas, onde mantinha um Instituto para promover a inserção social por meio da Educação. O mesmo Instituto Rubem Alves dá assistência aos educadores.

Rubem Alves, além de escritor e pedagogo era poeta, filósofo, cronista, contador de histórias, ensaísta,teólogo, psicanalista, acadêmico e autor de livros para crianças. È considerado uma das referências do pensamento sobre Educação e tem uma biografia que conta com mais de 160 títulos distribuídos em 12 países. O pensamento de Rubem Alves que mais aprecio: “A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar”.

Rubem Alves

13 de jul. de 2014

A menina que queria livros.

Hoje, pela manhã tocou a campanhia, era muito cedo (para mim). Saí da cama contrariada e fui atender. Abri a janela e não vi ninguém, pensei devem ser os meninos que apertam  a campanhia e saem correndo é bem comum.
Voltei para a cama. A campanhia tornou a tocar fiquei bem quietinha enrolada sob as cobertas, como se fosse possível ser vista por quem estava à minha porta. Ouvi o toque sendo insistentemente repetido. Olhei, debrucei-me para ter visibilidade e vi uma garotinha bem pertinho da porta, eu não a via devido a sacada. Perguntei a ela:
- O que você quer?
Nossa até eu me assustei com o tom da minha voz.
Ela olhou para cima, me viu, me deu um sorriso do tamanho do mundo e disse:
 - Posso falar com você?
- Pode, o que é?
E ela foi mais longe:- você pode vir aqui falar comigo, bem pertinho?
Naquele momento me senti a rainha da cocada preta.
- Fala daí, mesmo.
Mas ela não desistiu e nem se amedrontou com meu tom de voz.  Disse-lhe então:
- Está bem, vou aí falar com você, mas espero que valha a pena. Demorei para me trocar e até pensei que ela tivesse desistido e ido embora, mas que nada ela estava paradinha de braços cruzados, feito gente grande.Fiz uma rápida análise da pequena, que de perto parecia menor.Tinha belos traços, cabelos claros arrumados em um
rabo de cavalo, estava vestida adequadamente para a sua idade.Resolvi fazer-lhe algumas perguntas como se com esta atitude eu justificasse o meu comportamento.
- Quantos anos você tem?
-Acho que tenho seis, às vezes eu esqueço se são cinco ou seis e continuou a contar nos dedinhos.
- Como você se chama?
- Meu nome é Emily Cristine.
Meu coração bateu mais forte e senti como se já a conhecesse. Minha memória voltou ao passado,  quando eu esperava a minha filha e seu nome, seria EMILY CRISTINE, mas na hora do nascimento a emoção foi mais forte e esqueci,  por isso, ela tem outro nome.
Mas voltando a nossa menina, senti que ela já conquistara meu coração. Continuei com meu interrogatório.
- Onde você mora?
- Moramos bem perto daqui, nos mudamos há alguns dias, porque onde morávamos  a enchente levou tudo. Deu-me uma tristeza que sem perceber abracei a pequenina e perguntei-lhe:- você está com fome? Vou fazer um lanche para você. Não eu acabei de comer na minha casa, disse ela.
- O que você precisa, então? 

-Falaram-me que aqui mora uma professora que é muito legal, então eu vim saber se ela pode me emprestar um livro, pois os que eu lia a enchente levou. A professora legal é você?
Engoli em seco, passei meu braço sobre seus pequenos ombros e lhe disse:
- Vamos entrar, pois vou lhe mostrar todos os meus livros e você poderá levar quantos quiser.
Ela me olhou, sorriu e disse:

- Você é legal mesmo!

4 de jul. de 2014

Um sábado especial - Fernanda Andrucho Matozzo


Pois é. Já faz um tempo que um dos gatos, amor da minha vida, Lumière, morreu. Costumava levar flores para ele. Perto de casa tinha uma roseira de mini rosas. Eram bonitas, ele teria gostado. Mas agora me mudei, não tem mais roseirinha perto de casa. A casa é outra, o jardim é outro, o gato é outro. Resolvi plantar uma roseira para poder alegrar a casa, a cada rosa que florescesse.Venderam-me errado, eu também não conheço nada de plantas. Plantei uma roseirinha de mini rosas, como aquela que tinha perto da antiga casa. Enfim.
Esse sábado teve feira de adoção de animais. Resolvi adotar mais um gato. Um adulto, como o Lumière. Cheguei lá, e só tinha cachorro. Não consigo entender porque a maioria das pessoas gosta mais dos cachorros. Sei lá. Mas trouxeram gatos para mim. Enquanto esperava, presenciei uma adoção. Era uma cadelinha linda, linda, pequenina, bege, carente. Assim que sua nova dona a pegou no colo, ela adormeceu segura, amada. Ah, mas quando chegou a vez de pegar o meu novo gato, não foi tão bonito assim. É, a adoção nos custou umas centenas de reais no hospital cuidando da mão do Atílio, que foi atacado. O que mais estressou o gato será? Ser arrancado de sua casa? Estar entre cachorros? Entre pessoas? Ser arrancado da gaiola? Ser cercado, perseguido na praça? Não conseguir subir na árvore numa situação de perigo? Um pouco de tudo. Talvez eu saiba porque a maioria das pessoas gosta mais de cachorros. Talvez eu saiba. Mas essas pessoas que gostam mais de cachorros, nunca vão entender o prazer do ronrom sincero de um gato. Nunca vão entender o prazer de saber que ele está dormindo no seu colo porque ele quer dormir ali. Nunca vão sentir o prazer da conquista desse carinho. Foi um sábado estressante, mas afinal, acho que histórias de amor com começos conturbados já está virando a minha especialidade, né Atilio Matozzo?. Olhe! Uma rosinha floresceu! Duddits, seja bem vindo na sua nova família.


A carta que nunca chegou

    Tarde cinza, vento forte fazia os galhos das árvores dançarem no jardim. Eu precisava finalizar a mudança que começara há dois anos,...